Por Thiago Batista – Esporte Jundiaí
Foto: Thiago Batista
Dyego Coelho, ou simplesmente Coelho, é bastante
identificado com o Corinthians. Revelado nas categorias de base do clube, ele
atuou no clube entre 2003 e 2006. Conquistou os títulos paulista de 2003 e
Brasileiro de 2005 pelo Timão. Depois atuou em grandes clubes do Brasil como
Atlético Mineiro (ganhou dois títulos mineiros – 2007 e 2010), no Bahia
(campeão estadual em 2012) antes de encerrar a carreira como atleta em 2014, no
Atlético Sorocaba. Em 2015, começou a sua carreira trabalhando nas comissões
técnicas da base do Corinthians, primeiro como auxiliar e agora como treinador.
Atualmente, com 34 anos, ele comanda a categoria sub-20 do
Corinthians, na disputa do Campeonato Estadual. E ele gosta de desafios no
futebol e por isso preferiu encarar a carreira de ser técnico. “Por causa dessa
loucura, temos que fazer bom trabalho e gosto de ser desafiado. Terminei
carreira muito cedo, e queria por queria passar o que tive, e não tinha outro
lugar pois gosto deste ambiente e gosto de ser desafiado. A adrenalina do
futebol é gostosa. Preferia estar ajudando, mas como não consigo mais jogar,
prefiro ajudar de outra maneira”, contou ele, em entrevista a reportagem do Esporte Jundiaí, após o jogo da sua
equipe contra o Red Bull Brasil, nesta quarta-feira, no Jayme Cintra (empate
por 1 a 1).
A igualdade poderia ter sido vitória, se a equipe de Coelho
não sofresse um gol próximo dos acréscimos da partida. “É ruim o gol sofrido no
final do jeito que foi a partida. Hoje em dia precisa de campo qualificado, mas
conseguimos impor nosso ritmo, princípios do jogo, apesar do gramado, mas fica
gosto ruim, pois estávamos conquistando os 3 pontos e deixamos escapar no fim”,
disse. “Conhecia esse gramado, mas não
esperava que estivesse tão ruim. Bom a gente se acostumar neste campeonato,
pois é assim, e tem que se adaptar. A gente tem uma estrutura boa lá, e não
estamos acostumados a ter campo assim. São meninos técnicos e inteligentes. E o
Red Bull foi prejudicado por ser um time de passes, e ter uma escola e
filosofia que admiro de propor sempre o jogo”, completou.
Coelho voltará a Jundiaí no dia 17 de junho, quando o
Corinthians vai encarar o Paulista pela 7ª rodada do Estadual. Ele não espera
uma partida com clima de final, em virtude do Galinho não ter jogado a decisão
da última edição da Copa São Paulo de futebol júnior, por ter sido excluído, em
virtude do caso Brendon/Heltton Martheus. “O que aconteceu lá trás foi ruim no
futebol. Procuramos esquecer o que passou. São outros jogadores e campeonato, e
no Estadual temos que fazer pontos. Não tem nada de final de Copa São Paulo e
já passou. Se o Paulista encarar como final, a gente tem que estar preparados.
Sabemos que será um jogo difícil”, afirmou.
O treinador perguntando se na base o importante é conquistar
títulos ou revelar jogadores, não pensou duas vezes em responder: “Não dá para
escolher no Corinthians, clube muito grande, responsabilidade de revelar. Se a
base for boa, a gente vai revelar e conquistar títulos. Trabalho começa no
sub-10 e vem subindo para ter essas duas situações no clube. Não tem como
escolher, tem que fazer um bom trabalho”, disse. “Os jogadores já entendem o
que digo e falo, que vivi aqui dentro. Só acho que as coisas precisam voltar e
elas já estão voltando a criar homens, e precisam responsabilidade de homens,
antes de virar atletas e está ocorrendo”, finalizou.