Feliz por absolvição, Vagner Mancini quer fim de abraços no centro do campo antes de clássico
Depois do silêncio, o técnico Vagner Mancini, ex-Paulista, enfim, comentou a absolvição no julgamento da denúncia de ter provocado
intencionalmente o fim do Ba-Vi do dia 18 deste mês. Após o resultado, na
última terça-feira, o treinador somente nesta quarta-feira, após a derrota do
Vitória para o Bragantino por 1 a 0, pela terceira fase da Copa do Brasil falou
sobre o julgamento. Mas as consequências do Ba-Vi não ficaram apenas na esfera
legal. O treinador revelou que tomou uma decisão após a confusão ocorrida no
último clássico, que havia sido denominado previamente de “clássico da paz”.
Referindo-se ao ritual que ocorreu antes do último Ba-Vi, em que atletas de
Bahia e Vitória se perfilaram abraçados no centro do campo, Mancini usou tom
duro para dizer que vai cobrar uma postura diferente dos seus jogadores nas
próximas partidas.
“O importante é que agora não quero saber de meus atletas
abraçados com ninguém antes do jogo. Quero que tenham postura de atleta dentro
do jogo, que jogue futebol, porque temos que dar uma resposta a todos que
estavam no estádio, quem acompanhou, para o Brasil, contra o que foi visto, e
vou cobrar dos atletas. Espero que ninguém me chame para abraçar ninguém.
Porque abraçar e depois sair na porrada ninguém quer. Quero futebol e vou
cobrar isso. Já dei o recado e já passei para eles [os atletas]. Se alguém da
Federação ou árbitro ou governo, ou alguém da Nasa, vier pedir para que meus
atletas se perfilem no centro do campo, eu não vou permitir. Os atletas vão
cantar o hino e entrar para jogar futebol. Ninguém está ali para fazer imagem
para ninguém. Estamos ali para jogar futebol, e devemos isso ao público, à
imprensa e a todos que gostam e querem jogar futebol”, finalizou.
O primeiro Ba-Vi do ano terminou com triunfo por 3 a 0 do
Bahia, decretado pela Federação Bahiana de Futebol. O próximo clássico não tem
data marcada, mas há chances de ocorrer nas semifinais do Baianão, a depender
dos resultados dos jogos das duas últimas rodadas da competição.
O julgamento - Mancini comemorou não somente a sua
absolvição, mas também a de alguns dos jogadores denunciados (Ramon, Bruno
Bispo, André Lima), além do supervisor de futebol do Vitória, Mário Silva. Ele
preferiu não se posicionar sobre o pedido de suspensão do Baianão, feito nesta
terça pelo procurador-geral do TJD, Ruy João. “Sobre o julgamento de
ontem...Não vou falar sobre a suspensão, porque não é muito a minha área. Vou
deixar para o jurídico se manifestar. Sobre o julgamento, até não quis dar
entrevista na saída, porque é lógico que você vive uma tensão ali, é uma coisa
chata quando você está sendo julgado, porque esse não é o papel de ninguém
aqui, ninguém quer estar ali no banco dos réus. Infelizmente, por uma série de
coisas que foram feitas, tive que estar ali. Imagens, tentativas, que eu
condeno, mas o livre arbítrio de cada um é inegável. O pessoal pode fazer o que
quiser. Mas a verdade aparece. Vi uma seriedade muito grande dentro do tribunal”,
disse.
“O resultado foi muito claro. A unanimidade mostra aquilo
que todos pensavam. Fiquei feliz que eu e alguns outros foram absolvidos”,
completou o treinador, em entrevista coletiva concedida após a derrota diante
do Bragantino, em jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
Mancini disse que as punições dos jogadores já eram
esperadas. Por ter se envolvido na briga do clássico, Kanu pegou dez jogos de
suspensão no estadual; pelo mesmo motivo, Denilson, Rhayner e Yago levaram
gancho de oito partidas. “As penas dos atletas, a gente já esperava, porque
todos se envolveram numa briga, que todo mundo recrimina, inclusive eu. Ninguém
quer violência no futebol. Cada um tem sua parte no contexto”, declarou.
Feliz por absolvição, Vagner Mancini quer fim de abraços no centro do campo antes de clássico
Reviewed by Thiago Batista
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13:49
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