Na campanha campeão do Paulista na Copa do Brasil na
temporada de 2005, 26 jogadores participaram. E todos tiveram a sua parcela de
importância, seja marcando gols, seja com assistência, seja entrando em campo para
ajudar o Galo. Foram os casos do meia-armador Fernando Henrique, o Fernandinho;
e o atacante Abraão Lincoln. E ambos lembram com emoção da conquista do
Tricolor naquele 22 de junho de 2005.
“Um privilégio incrível fazer parte da maior conquista da
história do clube. Foi um momento que continua vivo na cabeça de quem estava
dentro mas também dos próprios torcedores que na época vivenciaram muita coisa
boa através do Paulista”, conta Abraão, que completou 37 anos no último dia 14.
“Participar daquela campanha foi um momento especial em
nossas vidas. Uma conquista que ficará guardada pra sempre em nossos corações.
Inesquecível!”, diz Fernandinho, de 35 anos.
O meia-armador nasceu em Jundiaí e para ele aquele título foi
importante pois é reconhecido pelos torcedores do Galo. “Até hoje o pessoal
brinca e comenta que sou campeão da Copa do Brasil. Sempre se recordam daquele
momento, comentam onde estavam nos jogos”, diz.
Abraão Lincoln Martins também nasceu em Jundiaí e também adora
o carinho que recebe dos apaixonados do Tricolor. “Sou reconhecido sim. Não fui
protagonista, mas o reconhecimento do torcedor de que participei de momentos
decisivos ajudando a equipe é muito legal e gratificante”, afirma.
O atacante conta que a emoção que ele passou naquela campanha
será eterna como muitas alegrias vindo na sua cabeça quando lembra do elenco do
Tricolor. “O ponto forte daquele grupo no meu ponto de vista foi a amizade e união
que tínhamos fora de campo e conseguimos levar para dentro do campo um lutando
pelo outro sem vaidade”, conta. “Falo com muitos jogadores e a amizade continua
forte com lembranças que damos risadas até hoje”, finaliza Abraão.
Fernandinho diz que aquele era um grupo especial e lembra de
Jundiaí ficar parada para acompanhar os jogos do Paulista no avançar da
competição. E para ele o grupo de atletas era de bastante qualidade. “Era um
grupo humilde e todos com um só propósito. A base daquele time jogou nos
maiores clubes do Brasil e até na seleção brasileira, inclusive Copa do Mundo
(goleiro Victor, que foi reserva naquela campanha). Realmente era um grupo de
muita qualidade. Vagner Mancini também foi um baita treinador que tinha o grupo
na mão”, explica. “Temos um grupo no Whatsapp com o pessoal daquela conquista.
Ficaram boas amizades daquela época. É um grupo de bastante brincadeira entre a
galera”, completa.
A conquista da Copa do Brasil foi importante para valorização
profissional de suas carreiras. “Aquele título representou coisas boas na minha
curta carreira como jogador profissional, tive alguns contratos por ter esse
título no currículo. Sempre era lembrado por fazer parte da conquista!”, afirma
Fernandinho, que passou por Guarani de Campinas e Brasília (campeão anos depois
da Copa Verde). “O esporte tem o poder
de trazer valores intrínsecos muito grande, e eu levo para a minha vida pessoal
tudo que tivemos durante a conquista que é superação”, completa Abraão, que na
carreira atua na Bolívia e Japão.
Fernandinho entrou em campo em um jogo bastante tenso contra
o Internacional, quando o Galo precisava vencer por 1 a 0 para levar a disputa
da vaga para os pênaltis. “Eu quando entrei contra o Internacional vinha de um
momento bom, pois tinha feito um jogo bom pelo Brasileiro onde fiz o gol de
empate contra o CRB, aquele dia foi difícil até pra dormir. Aquele dia com certeza
vimos que podíamos sonhar mais alto e ir mais longe na competição!”, conta
Abraão também esteve presente em oito jogos na campanha, inclusive
jogou alguns minutos do 0 a 0 no Rio de Janeiro. “Eu me lembro da sensação de
prazer e confiança no campo e nos não intimidávamos por estar enfrentando
grandes equipes”, lembra.
Do dia da grande final, Abraão relembra de detalhes de como
viveu. “Me lembro de acordar para tomar café no hotel no Rio e ficar pensando
que aquele grupo poderia entrar para história. E após o jogo veio uma sensação
inexplicável e a vontade de voltar rápido para Jundiaí comemorar com
familiares, amigos e torcedores”.
Fernandinho também lembra de grandes momentos daquele dia. São
várias boas lembranças, lembro a gente chegando no aeroporto e as pessoas já
esperando a gente. Chegando em Jundiaí fomos para o carro do Corpo de Bombeiros
e ali sim tivemos a noção do tamanho da conquista. Foi um dia que Jundiaí
parou, e avenida Jundiaí totalmente lotada. Uma lembrança boa demais. Vou levar
isso pra sempre na minha vida com muito orgulho!”
Por Thiago Batista /// Fotos: Arquivo