Lucas Praxedes defendeu por seis anos o Beiju de Itupeva
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Foto: Divulgação - Capivariano |
Uma das seis vítimas do acidente aéreo com a delegação do Palmas Futebol
e Regatas, o lateral-esquerdo Lucas Praxedes tem forte ligações com o Aglomerado
Urbano de Jundiaí. Por seis temporadas ele defendeu a camisa do Beiju de
Itupeva, que disputou torneios de futsal.
O jogador defendeu o Beiju entre 2011 e 2017, e já era visto pelos seus
treinadores como um atleta acima da média. Quem conta foi um dos treinadores,
André Bonette.
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Foto: Arquivo pessoal de André Bonette |
“Menino que dizia até pouco tempo até a ao nosso presidente Seu Fernando
da Beiju que tinha muito orgulho de ter sido Beiju. Um garoto muito dedicado,
que cativava o grupo. No Beiju ele foi vice-campeão estadual sub-15 e recebeu o
Troféu Tênis de Ouro da Federação Paulista de melhor atleta da competição. Ele
também participou de jogos decisivos da categoria sub-20, mesmo fazendo parte
do elenco do sub-17”, disse Bonette.
Lucas Praxedes chegou ao Beiju através de outro treinador, Edson Alves do
sub-14, que morava em Hortolândia e trazia Praxedes sempre para os treinos e jogos
do Beiju.
Arquivo Beiju |
Bonette lembra as principais qualidades do jogador, que perdeu a vida no
acidente aéreo no interior de Tocantins. “Ele tinha forte marcação e um chute
muito forte com a canhota.
Ele era muito inteligente também com a posse de bola”, descreveu.
O lateral-esquerdo no futebol profissional com a camisa do Beiju no futsal foi campeão em todas as categorias de que disputou na Liga Campineira de Futsal. Nas competições da Federação era também um destaque, como foi na disputa da medalha de bronze da Série A2 do Campeonato Metropolitano, em 2012.
No jogo
único contra Franco da Rocha, o Beiju venceu por 4 a 2, e Praxedes marcou três gols.
Ele terminou a competição como artilheiro com 18 gols – o Esporte Jundiaí
publicou o feito do jogador na época (Metropolitano de futsal: Beiju vence e conquista inédito
bronze na Série A2).
Segundo Bonette,
ele mantinha conversas com profissionais do Beiju, como presidente do clube, Seu
Fernando. A última foi cerca de um mês atrás. “Todos os amigos de Jundiaí, Hortolândia
e Itupeva já estão sabendo sobre o ocorrido e estão sentindo muito com isso.
Muita gente torcia para que ele desse certo. Para nós, perdemos um amigo e um
exemplo de atleta determinado e que busca seu sonho”, finalizou lamentando o treinador.
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Arquivo pessoal André Bonette |
Situação
do Beiju
Bonette conta que atualmente o Beiju está inativado. “Beiju encerrou seus trabalhos no final de 2017 sem o apoio da Prefeitura nos repasses de verbas acordadas”, contou. Havia uma possibilidade da volta do clube, caso um outro candidato ganhasse as eleições para Prefeitura de Itupeva. Marcão Marchi foi reeleito, o que deve não fazer o projeto ser reativado. “Como diz seu Fernando que a Beiju para ele é o remédio para as dores da vida”, disse Bonette.
