Em Jundiaí, jovens apresentam crescimento na contaminação da covid-19
Em avaliação dos dados de infecção por Sars-CoV2, feito pelo Comitê de
Enfrentamento ao Coronavírus (CEC), da Prefeitura de Jundiaí, a contaminação de
adolescentes e jovens anos teve crescimento de 48% no mês de dezembro, em
relação ao pico da pandemia registrado em julho. Isso sem atividades esportivas
que geram grande aglomeração.
As atividades esportivas de base, especialmente para os adolescentes que
fazem parte do Time Jundiaí estão interrompidas desde março do ano passado.
Segundo os dados divulgados pela Prefeitura de Jundiaí o crescimento
também se repete entre os mais idosos (70 a 89 anos) com 17% de crescimento no
mesmo período. Os números, no mês de janeiro, tiveram retração, no entanto, a
intensificação das medidas preventivas é essencial para reduzir a circulação do
vírus e, consequentemente, as internações e óbitos.
De acordo com dados avaliados pelo CEC, o mês de dezembro contabilizou
3.578 casos positivos de covid-19, contra 3.539 registrados no mês de julho,
tido com o pico da pandemia. A maior quantidade de contaminados permanece entre
as idades classificadas como economicamente ativas, ou seja entre 20 a 59 anos,
com 2.783 casos em dezembro, contra 2.862 em julho (redução de 2.7%), mas o
diferencial do período se dá nos extremos, com maior contaminação entre os
jovens e os mais idosos.
O aumento na contaminação foi representativo entre os jovens e
adolescentes, que saltaram de 124 casos em julho para 184 em dezembro, o que
representa um crescimento de 48%, além dos idosos entre 70 a 99 anos, que
aumentaram de 210 para 235, avanço de 11%. O avanço foi sentido nos
atendimentos exclusivos aos casos suspeitos de covid-19, com picos de mais de 3
mil pessoas atendidas e testas com o exame RT-PCR em uma semana.
“Os dados mostram a necessidade de os públicos jovens se cuidarem, usar
máscaras, não aglomerar e evitar a contaminação dos entes da família que são os
mais vulneráveis. Entre os jovens, a cepa circulante em Jundiaí até o momento
tem impacto menor, porém, entre os familiares com comorbidades, a doença gera
internações que podem se agravar e levar ao óbito”, detalha o gestor da Unidade
de Gestão de Promoção da Saúde Tiago Texera.
Em ambos os meses, foram registrados 62 óbitos por covid-19 (dados até
31/01/2021, uma vez que aguarda as informações de óbitos ocorridos em outros
municípios), porém, a faixa etária registrada em 2021 é mais velha, sendo 87%
de pessoas acima de 60 anos contra 74% em agosto de 2020. Com relação às
comorbidades, não houve alterações.
“A produção das vacinas, em termos mundiais, está avançando. Estamos no aguardo de mais doses para a ampliação da oferta da vacina. A esperança em forma de meio ml está chegando aos poucos. É hora de nos esforçarmos cada vez mais para evitar a contaminação”, ressalta.
