O governador de São Paulo, João Doria Junior, decidiu nesta quarta-feira manter ainda ativas as atividades do futebol profissional e de todas as modalidades esportivas profissionais. Apesar do sistema de saúde de São Paulo estar quase em colapso, com alta diária na quantidade de casos de covid-19, estão mantidos jogos do Campeonato Paulista em todas as séries (A1, A2 e A3) de acordo com a tabela planeja. Também podem ocorrer no estado jogos da Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana, como também da Superliga de vôlei, NBB e LBF – torneios profissionais de basquete.
Também segue a permissão para ensino híbrido, com parte dos alunos
comparecendo presencialmente, a inclusão de templos religiosos como serviços
essenciais – assim podem ser realizadas missas e cultos com públicos limitados
a 40% da ocupação do local.
O governador João Doria anunciou na coletiva desta quarta-feira a ampliação
de leitos em todo o Estado, mas sem limitar novas atividades ou apertar
horários de toque de recolher. Foram detalhadas as datas de vacinação para o
público de 72 até 74 anos – a partir de 22 de março, e a reativação de
hospitais de campanha.
O estado de São Paulo está na fase vermelha desde o último dia 6 de
março, quando apenas serviços essenciais podem funcionar. A fase vermelha
autoriza o funcionamento de padarias, mercados e farmácias, além de escolas e
igrejas, que foram incluídas na lista de serviços essenciais por meio de
decretos estaduais. O futebol está prosseguindo por causa dos seus protocolos
aceitos pelo Centro de Contingenciamento do Governo do Estado.
Dória se reuniu nesta quarta-feira pela manhã, na capital, com Reinaldo
Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), e com o
Ministério Público Estadual para ouvir todos os lados das respectivas versões. E
o que parecia certo que era paralisação do futebol, conforme noticiado na terça-feira
pela Rádio CBN e demais veículos de imprensa, conseguiu ser revertido.
Segundo o
jornalista Martín Fernandez, no final da tarde desta quarta-feira haverá
uma reunião entre CBF e os principais clubes do país para discutir a
continuidade do futebol durante a pandemia.
Com recordes diários de mortes, superlotação dos leitos em UTI, milhares
de casos confirmados diariamente pela Covid-19, existe forte pressão do
Ministério Público de São Paulo para que o esporte profissional. Só que a
política neste momento falou mais alto.
Apesar do esporte profissional ainda seguir ativo, o Centro de
Contingenciamento, já trabalha nos bastidores para definir as novas regras e
viabilizar o surgimento de uma nova etapa no Plano São Paulo, a fase roxa, com
objetivo de ampliar a quarentena e o distanciamento social, e o futebol pode
ser encaixado na fase roxa e ser paralisado nos próximos dias, se a quantidade
de casos de covid-19 continuar crescendo no estado.
Em São Paulo, desde o início do caos na saúde, são mais de 62 mil óbitos
em decorrência do vírus, mais de 2 milhões de infectados – recuperados ou em
recuperação – e mais de 80% dos leitos ocupados em todo estado.
Futebol era contra parada
A FPF, por sua vez, mostrou-se contrária à interrupção dos torneios com
base em ‘critérios científicos’, apoiada por uma onda de protestos de jogadores
profissionais em publicações nas redes sociais, e apostou nesse argumento para
tentar reverter a situação e manter as partidas sem alterações, o que conseguiu
neste momento.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta quarta-feira
pela manhã, durante transmissão ao vivo por meio do canal no Youtube, um
relatório a respeito da efetividade do protocolo em combate ao novo
coronavírus.
A entidade máxima do futebol local, um dia depois do início da Copa do Brasil, saiu em defesa da sequência dos campeonatos mesmo com o ápice de pandemia no país.
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