O estado de São Paulo está novamente todinho pintado de vermelho. No
pior momento da pandemia no estado, o governo estadual reclassificou nesta
quarta-feira todos os municípios na fase vermelha do Plano São Paulo a mais
restritiva. Com isso, não pode jogar bola de forma amadora (proibido a prática
de qualquer esporte coletivo) a partir de sábado até o próximo dia 19 – pois
não é uma atividade essencial.
Na fase vermelha, apenas os serviços essenciais estão permitidos. A
tendência é sua adoção por um tempo determinado, inicialmente por duas semanas,
até o dia 16. Mas não se descarta uma prorrogação, a depender da evolução do
impacto na circulação do novo coronavírus.
Até terça-feira seis das 17 regiões do estado estão classificadas na
fase vermelha e o toque de restrição vai das 23h às 5h. Jundiaí, que pertence a
diretoria regional de saúde de Campinas, estava na fase laranja, a segunda fase
mais restritiva, mas agora chega a primeira fase mais restritiva.
A gestão estadual também antecipou para as 20h o início do chamado toque
de restrição. Anunciado no final de fevereiro para todo o estado, a medida
entrou em vigor inicialmente das 23h às 5h, com o objetivo de coibir
aglomerações e festas noturnas.
Na última semana, ocorreu uma explosão de casos de covid-19 no estado de
São Paulo. Entre 24 de fevereiro e 2 de março, nos dias de semana, os números
variaram entre 10.168 e 12.086. Só que o chama atenção é a quantidade de óbitos
entre 24 de fevereiro e 2 de março no estado de São Paulo, que variou nos dias
de semana, entre 256 e 468 (este último registrado na terça-feira, 2 de março,
sendo o maior número de mortes por Covid-19 em 24h desde o início da pandemia
no ano passado).
O estado tem 73,2% de ocupação de leitos de UTI devido à covid-19, 74,3%
na Grande São Paulo. Os leitos de enfermaria no estado de São Paulo, apenas
43,2% estão livres no estado, sendo que na Grande São Paulo somente 36,5%. Se
nenhuma medida fosse tomada, os números se continuassem a tendência de alta,
poderia chegar a um colapso, a um ponto de um atleta que sofra uma lesão em um
jogo de esporte coletivo, na sua prática amadora, não possa ser atendido em um
hospital, por falta de um leito.
O tema de colocar todo o estado na fase vermelha havia sido discutido
por Doria e secretários nesta tarde de terça (2) com quase 620 dos 645
prefeitos paulistas, por meio de videoconferência, para testar a receptividade
à ideia e ouvir sugestões a partir da experiência na ponta.
Segundo relatos de participantes, alguns prefeitos foram enfáticos ao
pedir medidas mais duras urgentes. Segundo a Folha de São Paulo em matéria no
seu site, um que pediu medida dura e urgente foi o prefeito de Jundiaí, Luiz
Fernando Machado. Outros que pediram foram de São Bernardo do Campo, Santo
André, São José do Rio Preto e Araraquara, todas áreas muito afetadas.
Na fase vermelha são permitidas as seguintes atividades, pois são
considerados serviços essenciais o funcionamento de setores da saúde,
transporte, estabelecimentos como padarias, mercados e farmácias, além de
escolas e igrejas, que foram incluídas na lista de serviços essenciais por meio
de decretos estaduais.
"As escolas das redes públicas estadual e municipal e da rede
privada vão continuar abertas, e vão atender os alunos. Exatamente como estava
previsto", completou o governador João Doria Junior.
Ficam proibidos na fase vermelha a abertura de shoppings, comércio de
rua, galerias, consumo local em bares e restaurantes, abertura de salões de
beleza e barbearia e realização de eventos, convenções e atividades culturais. Academias
esportivas de qualquer tipo, como também abrir quadras de futebol society e
clubes esportivos estão vetadas na fase vermelha.
Futebol profissional
Segundo o blog da Marília Ruiz, a Secretaria de Esportes do Estado de
São Paulo informou que cidades em qualquer fase do Plano São Paulo podem
receber partidas do Campeonato Paulista.
Para a Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo uma vez que o protocolo apresentado pela Federação Paulista de Futebol e aprovado pelo Centro de Contingência à covid-19 prevê testagem frequente, isolamento de casos positivos e acompanhamento diário de atletas e demais integrantes. Todos os jogos devem ser realizados sem presença de público.
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